quarta-feira, 12 de agosto de 2009

O Pop Não Poupou a Felicidade

Felicidade_estado da pessoa feliz. Sorte. Ventura, dita. Bom êxito. a felicidade eterna: a bem-aventurança.
Ah a felicidade! Quantas pessoas passam a vida a perseguindo, achando que, como um baú do tesouro escondido por algum pirata do caribe [com direito a olho de vidro, perna de pau e gancho no lugar da mão] ela está escondida em algum lugar do planeta com um “X” preto pintado em cima para que alguém, algum dia cave e encontre-a ali dentro, trancada, esperando para ser usufruída.
E as pessoas a perseguem como se ela fosse única, ou seja, só existe o suficiente para uma pessoa no mundo. Logo, todos [que ainda insistem em permanecer na ignorância] vivem como se tivessem que eliminar todos os outros “caçadores de relíquias” para que ao final, o Sr. ou a Sra. Indiana Jones possua com exclusividade o mais cobiçado tesouro de todo o mundo.
E a comunidade desses aventureiros vai crescendo a cada dia, e a cada dia mais e mais pessoas frustram-se por não conseguir achar a tal da felicidade [Capitão Gancho a escondeu muito bem].
Talvez a felicidade não esteja escondida. Talvez ela nem seja alcançável da forma como a buscamos.
Acho que a felicidade é como um amigo meio depressivo, imagine: você sabe que ela existe, mas ela não é de dar as caras toda hora. Aparece quando você menos espera e some quando você mais precisa.
Às vezes ela te faz companhia por um tempinho, o suficiente para contar uns casos, colocar as fofocas em dia, tomar um cafezinho e no máximo ver um filme juntos. Assim, em seus dias de bom humor ela até despede e vai embora, já nos demais ela sai sem aviso prévio e deixa você com aquela cara mista de tristeza e raiva.
E como um amigo depressivo, ela tem seus surtos de euforia [com muito esforço, dura alguns dias], e seus conflitos existenciais [some por semanas, meses e nos casos mais extremos, some por anos]. No último caso, ela telefona de vez em quando ou manda um e-mail que te faz dar uma boa gargalhada.
Mas você sabe, ela estará sempre do lado de lá e você do lado de cá. E mais do que isso, ela será sempre o amigo depressivo que você sabe que existe, mas nunca onde encontrá-lo, ele é quem te encontra.
Assim, a felicidade pode ser entendida como a pessoa mais complicada, cheia de “não me toques” [o mínimo probleminha a faz sumir] e cheia de defeitos. Porém, ela tem em sua única qualidade, a capacidade de tirar qualquer um do chão, por mais rápida que seja sua visita. Ela te faz pensar freneticamente em tudo, ver flashs de outras visitas que te fez em diversas outras ocasiões. E as lembranças parecem se materializar, e tornam o tempo da conversa com ela um pouco maior. E outras pessoas chegam e são contaminados pela visita dela. Alguns não disfarçam o ciúme que sentem ao ver que vocês têm uma relação e acabam a reprimindo apenas com o olhar. Sem graça, ela parte, mas não demora a voltar, fica escondida, olhando pela greta, esperando apenas seu “amigo” sair [ela é como a gente mesmo, quando o santo não bate, ela não insiste na relação, e mais, é do tipo que “dá um boi para não entrar numa briga”].
Como um amigo depressivo, ela jamais será sua companheira em tempo integral. É provável que se afaste nos momentos mais difíceis. Nos seus próprios momentos de depressão ela não estará lá para compartilhar experiência de vida, pelo contrário, vai sair de fininho e te deixar outra vez em crise com a vida.
O problema maior é que ela é muito exigente e a maioria das pessoas não tem tanta paciência para ficar adulando e insistindo pela companhia dela, mesmo sabendo que é de longe a melhor coisa.
E como um amigo depressivo que precisa de mais e mais pessoas ao seu redor, ela poderá romper a relação de amizade entre você e ela, se sentir que você quer toda a sua atenção [ela é depressiva, mas é pop, e gosta de ser assim; “o pop não poupa ninguém”].

Enfim, como um amigo depressivo ela têm suas preferências; o difícil é tentar fazer ela falar sobre si mesma. Então desista! Acostume-se com a idéia de que ela jamais pertencerá a você, mesmo estando cheia de sentimentos e boas intenções.
E não adianta ficar pensando se ela prefere chá, café ou capuccino. Se ela estiver naqueles dias, não há agrado que a faça permanecer com você.... ela simplesmente sairá, e quem sabe chega para o almoço do dia seguinte.

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