quarta-feira, 3 de novembro de 2010

Disparidades Cronológicas Geram Pressões Psicológicas

Me pego pensando em como há muitas coisas com as quais não sabemos lidar. Tudo bem que com vinte e poucos anos é natural que isso seja um big problem. Mas sinto que pelo menos as que acontecem habitualmente deveriam vir precedidas de um “modelo” de como se comportar/pensar/agir.

Não é que espero um modelo onde todos hajam robotizados e pré programados, mas pelo menos umas dicas estilo - e no pior deles - as dicas do Orkut. Cada dia em que você acorda, uma nova dica surge em sua mente. Não precisa ser nada motivacional, mas um conteúdo que vai do tempo certo para obter um ovo cozido com a gema mole, até coisas do tipo: em caso de pressão psicológica, um dos caminhos pode ser blah blah blah.

Talvez o maior problema da falta de manejo em certos casos seja a de não saber lidar com o tempo. As pessoas dizem: - O tempo de Deus não é o nosso! Não, não é mesmo e nem o meu tempo é o seu. E é essa disparidade da cronologia subjetiva onde uns estão muitos minutos à frente ou atrás, quando não em fusos horários completamente diferentes é que fazem com que toda a pressão de altos e baixos pareça incrivelmente muito maior do que na verdade é.

Pode até ser que seja mesmo e muito grande, porém, dicas facilitariam isso, provavelmente.

Sem falar que não sei por que cargas d’água Deus resolver diminuir as horas ou acelerar o relógio universal onde 24 horas não é nada perto de tudo aquilo que precisamos resolver nessas duas voltas dos ponteiros.

Repare como antes ver um filme ocupava pouquíssimo tempo de um domingo chato e tedioso, e agora o domingo continua chato, mas ver um filme ocupa toda a parte da tarde e não sobra tempo nem pra reclamar dele. Aí você reclama que ele acabou sem você vivenciá-lo.

Uma coisa é uma pressão no trabalho, você tem um tempo pra desenvolver uma idéia, um projeto, uma função que determina os rumos daquele dia e do local de trabalho em si. Outra completamente diferente é você sofrer pressões sentimentais, sejam eles vinda de amigos, amores ou família. Não há como calcular o tempo certo de se absorver situações, e o mais fundamental de tudo, não há como cronometrar a maneira de lidar com o que se passa dentro de você.

Bem, e se há lições pra aprender em tudo isso, espero que seja a de ter uma parede com um relógio pra cara amigo, amor, amante, familiar, colega de trabalho, entre outros que conhecemos pelo caminho, para que possamos entender como funciona a contagem temporal de todos e nos adeqüemos um pouquinho e eles um pouquinho na hora de resolver questões complexas.

Dica do dia: “sempre ande com um bom estoque de relógios com a SUA hora certa, analógicos, digitais ou solares – o estilo fica à gosto – para presentear logo após o aperto de mão que precede o sorriso que significa “muito prazer, esse é o meu ritmo”.

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