segunda-feira, 31 de outubro de 2011

uma verdade inconveniente I - todos constroem castelos de areia mas nem por isso obrigam os outros a brincarem neles



PRECONCEITO: 1. Ideia ou conceito formado antecipadamente e sem fundamento sério ou imparcial. 2. Opinião desfavorável que não é baseada em dados objetivos = INTOLERÂNCIA: 3. Estado de abusão, de cegueira moral. 4. Superstição. 5 Falta de tolerância. 6. Violência.
É engraçado como as pessoas têm uma mania infantil e imatura de viver, na qual desenham mundinhos próprios cheios de perfeição e regrinhas de boas maneiras, de moral e bons costumes e saem completamente da realidade do mundo palpável. Passam a vida se privando da própria vida, abdicando de ser quem são por uma infeliz escolha em agradar uma minoria, que sequer se importa com sua existência, tornando-se uma fonte inesgotável de amargura e angústia.
Imaginar alguém que viva dessa maneira pode ser inconcebível para quem compreende a grandeza da diversidade de crenças e culturas, valores, etc. e mais do que isso, aceita e acolhe de forma sábia essas diferenças, porém isso ainda ocorre e é ainda mais comum.
Uma pessoa realmente feliz é aquela que tem muito! Muito conhecimento que gera sabedoria, que gera discernimento e posteriormente entendimento. Pessoas assim lidam facilmente com todas as personalidades no dia a dia sem  vibrar em intensidades energéticas diferentes, visto que possui a incrível capacidade de se manter em equilíbrio nas situações de maior desconforto.
Uma vida equilibrada quer dizer, por exemplo, que a primeira vez que alguém estaciona de forma meio torta na vaga, ocupando uma parte da sua, você não vai sair por aí "cuspindo marimbondos", como se isso fosse o mais terrível ato de desrespeito, antes, irá procurar entender os motivos que podem ter ocasionado essa situação. Talvez alguém houvesse sofrido algum mal estar súbito, ou tem dificuldades em fazer uma baliza. A partir disso, traça-se uma série de possibilidades do que está ao seu alcance para que isso não ocorra mais: eu posso procurar pelo dono do veículo e ser solícito em ajudá-lo a estacionar quando puder e avisar de forma amigável o ocorrido. Mas ainda sim, sei que é mais fácil esbravejar o stress acumulado do que ser gentil... será?
Pessoas assim vivem felizes em seus castelos de areia, porém entendem que da mesma forma que elas ergueram alguns usando o conhecimento que possuíam, outras também ergueram da forma como conheciam, gerando um mundo de castelos de areia diversos, numa praia com espaço suficiente para todos eles.
O contrário dessas pessoas ocorre quando entende-se que sua técnica de construção de castelos de areia é a única possível e correta, impondo ao demais que abandonem a brincadeira e passem a participar da sua, com suas regras egoístas.
O egoísmo por sua vez gera a intolerância, que por sua vez leva ao preconceito, que nada mais é do que um egoísmo em assumir previamente falta de humildade em aceitar algo do qual não se tem conhecimento algum, ou seja, é um estado de burrice camuflada na qual as pessoas se colocam quando estão diante de um castelo igual ao delas, mas concebido com técnicas das quais não dominam.
A partir disso, com o ego inflado e o ódio escorrendo feito saliva, querem a todo custo derrubar esse castelo. O que elas não entenderam porém é que castelos de areia não são feitos para durar, seja qual for o método construtivo, e que enquanto derrubam o do vizinho  ao invés de reerguerem um novo -, vem a onda e derruba também o delas, deixando a praia lisa e pronta para uma nova geração de construtores de castelos de areia.

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